Governo decreta luto pelos 502 mortos no Piauí e pede que população faça sua parte

O governador Wellington Dias (PT) decretou uma semana de luto no Piauí em homenagem às 502 pessoas que morreram por covid-19 no estado. O decreto foi anunciado nesta segunda-feira (22) durante transmissão ao vivo nas redes sociais, onde foi comunicado pelo governador a prorrogação da quarentena até o dia 6 de julho, baseado em números de uma nova pesquisa Amostragem. 

Foto: Roberta Aline

“Alcançamos um número acima de 500 óbitos. Vamos colocar um decreto estabelecendo uma semana de luto por todas as pessoas que perderam a vida e em especial essas 502 pessoas. Que isso seja para refletir a importância da vida”, disse o governador.

A sétima rodada de pesquisas sobre o índice de propagação do novo coronavírus no Piauí revelou que a taxa de transmissibilidade voltou a aumentar: passou de 1.3 para 1.5, segundo o Instituto Amostragem. A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 20 de junho, com 4.009 pessoas de 11 municípios no Piauí, no qual 412 testaram positivo para a doença. A estimativa de pessoas infectadas para o Piauí é de 336.386, dessas, cerca de 111 mil ainda estão transmitindo o vírus. Se antes 10 pessoas infectavam 13 outras pessoas, agora 10 pessoas estão infectando 15. A pesquisa estima ainda que a população piauiense que já entrou em contato com vírus passou de 4% para 10%, isso acarretou um crescimento de 2,5 vezes em apenas uma semana.

Não adianta culpar o prefeito e o governador

Diante da situação, o governador chamou a atenção para o cumprimento das medidas de isolamento social. Segundo ele, todos precisam fazer a sua parte. “Não adianta ficar culpando o prefeito, as equipes, o governador, o presidente, aqui é cada um fazer a sua parte. Estamos aí para trabalhar”, afirmou, ressaltando que, neste momento, a prioridade é a vida.

“Estamos com 90 dias da paralisação do comércio. É claro que isso gera uma situação muito forte de necessidades, empresas que tem problemas, são trabalhadores autônomos que precisam ganhar a vida. Eu compreendo, mas agora é a vida, é o risco, é isso que a gente tem que trabalhar. No Piauí, o controle permite que a gente, nas oito regiões de saúde, não tenha entrado em colapso. A gente trabalhou para evitar o adoecimento, mas quem adoeceu teve a condição de ser atendido. É isso que a gente não pode perder. Eu sei que é duro, não é fácil, mas esse é o ponto”, declarou.