O Piauí recebe, na noite desta quarta-feira (3), mais 21 respiradores para hospitais que cuidam de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Os equipamentos vieram por força de decisão judicial a favor do Governo do Estado.
São 21 respiradores da empresa Magnamed comprados pelo Governo do Piauí, mas que haviam sido requisitados pelo Ministério da Saúde. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE-PI) buscou a Justiça Federal para garantir que os equipamentos fossem liberados.
O procurador-geral do Estado, Plínio Clerton, informou ao Cidadeverde.com que os aparelhos foram alvo de busca e apreensão em Osasco (SP).
O Estado já tinha obtido decisão favorável em abril, na Justiça Federal. Mas foi preciso o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, conceder outra decisão em 21 de maio para que os equipamentos fossem liberados. No dia 27, o Piauí recebeu 20 respiradores que haviam sido comprados junto à empresa Intermed.
O Piauí comprou 80 respiradores das duas empresas. “Esta semana, vamos fazer a busca e apreensão de mais 20 respiradores da Intermed, por decisão judicial”, disse Clerton, ao Cidadeverde.com.
O Governo Federal, ainda na gestão do então ministro Luiz Henrique Mandetta, afirmou que pretendia ter o controle dos aparelhos para distribuí-los de acordo com o avanço dos casos de Covid-19 em cada região. Mas Estados e Prefeituras que haviam comprado equipamentos recorreram contra o confisco e conseguiram decisões favoráveis no STF.
O Estado do Piauí também comprou 100 respiradores que vieram da Turquia – a Prefeitura de Teresina adquiriu outros 70. Os equipamentos chegaram na última segunda-feira (1º).
Até a noite desta quarta-feira, o Piauí tinha respiradores instalados em 344 leitos de estabilização de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), somando os que já existiam e parte dos que foram adquiridos. Desse total, 195 estavam ocupados – 56,7%.
Com a chegada de mais equipamentos, a expectativa do Governo do Estado é reduzir o percentual de ocupação de leitos com respiradores nos próximos dias, evitando colapso no sistema de saúde por conta do grande número de internações em curto período.
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