Dois meses após crime, Exame comprova que corpo carbonizado é de acusado de matar médica do HGV

O exame de DNA solicitado pela delegada Luana Alves, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), comprovou que o corpo do homem encontrado carbonizado em um veículo na BR 316, em 11 de abril deste ano, é do Kelson de Alencar Andrade, 35 anos, responsável pelo feminicídio da médica do HGV Caroline Naiane Brito Barbosa, morta dentro de seu apartamento no bairro Primavera.

Caroline Naiane morreu a facadas

Em entrevista ao GP1, a delegada Luana Alves disse que o inquérito foi encaminhado ao Ministério Público do Estado do Piauí no final do mês de junho e apontou que Kelson de Alencar matou Caroline Naiane e, em seguida, cometeu suicídio.

“Recebemos o exame de DNA, finalizamos o inquérito e era ele mesmo que estava no carro. Na seara que me cabe a responsabilidade do crime foi atribuída ao Kelson por feminicídio, seguido de suicídio”, disse a delegada.

Luana Alves explicou que foi coletado material biológico do corpo carbonizado e do pai de Kelson, que identificou material genético comum aos dois. “Pelas investigações a gente verifica que quem poderia estar dentro daquele carro era o Kelson, que depois disso desapareceu, não foi mais visto e o carro também estava no nome dele. Então, juntando todos os elementos a gente não tem dúvidas que aquele corpo era do Kelson. Caso o Ministério Público queira novas diligências, ele devolve o inquérito para a Polícia Civil e a gente segue com as investigações a partir das diligências solicitadas pelo promotor”, pontuou.

Entenda o caso

A médica Caroline Naiane Brito Barbosa, 33 anos, foi assassinada a facadas na noite do dia 11 de abril de 2020 pelo ex-marido, Kelson de Alencar, no condomínio Colinas do Poty, no bairro Primavera, zona norte de Teresina.

Logo após cometer o crime, Kelson pegou seu veículo e se chocou contra uma carreta na rodovia BR 316, próximo ao Rodoanel de Teresina, e morreu na hora. A médica trabalhava no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Hospital de Altos e era diretora clínica do Hospital de São Pedro do Piauí.

No momento do crime, a filha dos dois estava no apartamento, juntamente com o então namorado da vítima, que se refugiou em um dos cômodos do imóvel.