O Piauí foi destaque na imprensa internacional devido o pioneirismo nas medidas para a redução da proliferação do novo coronavírus e por implementar ações para identificar e acompanhar pessoas contaminadas pelo Sars-Cov-2. O site da revista científica norte-americana Foreign Affairs, destacou que o Governo do Estado criou o Programa Emergencial de Busca Ativa Covid-19, que constitui, em cooperação com os municípios, equipes para promover, nos territórios de desenvolvimento do estado, o rastreamento de pessoas contaminadas pela Covid-19. No estado, mais de 190 municípios já aderiram ao programa.
A criação do programa, por meio do decreto nº 18.972, de 08 de maio de 2020, foi motivada pela grave crise de saúde pública em decorrência da pandemia da Covid-19 e o seu caráter absolutamente excepcional a impor medidas de combate à disseminação do surto pandêmico. A iniciativa prevê um trabalho conjunto entre Estado e Municípios, utilizando-se das equipes do Programa Saúde da Família (PSF) no trabalho de campo. Desta forma, o Piauí foi o primeiro estado do Brasil a implementar esta nova modalidade de monitoramento da doença, já prevista e recomendada anteriormente pelo Comitê Científico do Nordeste.
O rastreamento de pessoas possivelmente contaminadas pelo novo coronavírus prevê a aplicação de testes para a Covid-19 a fim de identificar pacientes positivados; cadastro de pacientes contaminados no banco de dados da plataforma Monitora Covid-19 e acompanhamento de pacientes contaminados pelas equipes de saúde.
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O estado do Piauí, na região Nordeste do Brasil, respondeu ao novo coronavírus com uma operação notavelmente eficiente. Em mais de 190 cidades, os profissionais de saúde que fazem parte do programa “Busca ativa” do Piauí usam um aplicativo e telefonemas para monitorar os sintomas de pacientes suspeitos e confirmados de COVID-19 em suas casas e, em seguida, fazem visitas à casa para verificar os níveis de oxigênio e testar membros da família. Embora vários hospitais públicos de dois estados vizinhos tenham atingido a capacidade total da UTI nas últimas semanas, cerca de 35% dos leitos equipados com respiradores do Piauí em hospitais públicos estavam disponíveis na última terça-feira.
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A resposta do Piauí deve sua força à do sistema público de saúde universal do Brasil, chamado SUS (Sistema Único de Saúde). O SUS pertence a todo o país, mas apenas algumas cidades e estados o mobilizaram efetivamente durante a pandemia. Os vastos diferenciais em todo o Brasil mostram que apenas um sistema de saúde pública não é suficiente. O sucesso desse sistema depende de uma boa administração – algo que o país carece profundamente.
O presidente Jair Bolsonaro saudou a pandemia ao tentar desarmar o SUS, espalhar desinformação sobre o vírus e minar a colaboração internacional em saúde. Como resultado, o Brasil é agora um epicentro global para o coronavírus, com mais de 61.000 mortos . Um país que já foi admirado por seu sistema de saúde responsivo e sua diplomacia em saúde tornou-se um pária pandêmico. Mas enquanto a resposta tardia do país à crise mundial da saúde pública prejudicou sua reputação internacional no campo da assistência médica, o Brasil continua sendo o lar de fortes líderes locais que prenderam o deslize. O trabalho deles sugere um projeto nacional em andamento que ainda pode sobreviver a Bolsonaro.
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