Garota de 14 anos descobre gravidez na hora do parto no PI; avô é suspeito de estupro

Uma adolescente de 14 anos descobriu que estava grávida apenas na hora do parto, ao procurar atendimento médico em um hospital de Teresina, no último dia 13 de novembro. A menina, por medo das ameaças que recebia, escondeu por dois anos que era estuprada. O principal suspeito é o avô paterno, que não foi localizado após denúncia à polícia. A Secretaria de Segurança Pública informou que não poderia se posicionar sobre o caso porque está em segredo de justiça.

A gravidez foi descoberta no dia 13 de novembro, quando a menina sentiu fortes dores abdominais e precisou ir a um hospital. No local, uma enfermeira suspeitou de gravidez e a menina foi encaminhada à Maternidade Dona Evangelina Rosa, onde deu à luz o bebê. Ela estava no oitavo mês de gestação.

Após o parto, de acordo com a mãe da vítima, a menina contou que era estuprada desde os 12 anos. O principal suspeito do crime é o avô paterno. A mãe contou que assim que se separou do marido, a filha foi morar com o pai e com os avós paternos. A menina relatou à mãe que, quando ficava sozinha em casa com o avô, era estuprada.

“É um desespero grande, porque a gente não imagina que o próprio avô vai fazer uma coisa dessas com a neta. Ela dizia: ‘vô, não faça isso, sou sua neta’ e ele fazia quando o pai dela saía e a esposa dele ia trabalhar”, contou a mãe.

Investigação

A conselheira tutelar Renata Bezerra foi acionada e está acompanhando o caso. Ela contou que o caso foi registrado na Central de Flagrantes, porque a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) estava fechada no dia 13.

Posteriormente, o caso chegou à delegacia especializada. Segundo a conselheira, a mãe da menina ainda não foi ouvida sobre o caso. A Secretaria de Segurança Pública informou que não poderia se posicionar sobre o caso por se tratar de investigação envolvendo uma adolescente, seguindo o caso em segredo de justiça.

A mãe, diante da situação da filha, pede uma solução para o caso. O suspeito está desaparecido desde o dia do parto, segundo a mãe da vítima. A menina e o bebê estão sob os cuidados da mãe.

“Quero que as autoridades tomem providência, porque a gente não imagina que isso pode acontecer”, lamentou a mãe.

“Desconfie e denuncie”

A juíza Maria Luíza de Moura Mello e Freitas, magistrada da 1ª Vara da Infância e Juventude, orientou pais e outros responsáveis por crianças e adolescentes para que sempre observem o comportamento dos filhos, permaneçam atentos a qualquer mudanças e mantenham um diálogo aberto, sempre confiando na palavra das crianças, para que estas tenham coragem de contar casos de abusos ou outras violências.