Avião que buscaria vacina contra a Covid-19 chega a Campinas para levar oxigênio a Manaus

O avião que estava no Recife e iria buscar 2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 em Mumbai, na Índia, retornou a Campinas na madrugada deste sábado (16). Com o adiamento da viagem para trazer o imunizante ao país, ele será usado para levar cilindros de oxigênio aos hospitais de Manaus (AM), que vive um colapso na saúde.

Avião da Azul pousou no Recife para buscar vacinas na Índia — Foto: Divulgação/Azul

A aeronave da Azul Linhas Aéreas A330neo, a maior da empresa, decolou às 3h58 de Recife e pousou às 06h43 no Aeroporto Internacional de Viracopos. A previsão da companhia é que decole ainda neste sábado com os cilindros com destino a capital amazonense.

Por meio de nota, a Azul informou que o pedido para levar oxigênio para a capital do Amazonas foi feito pelo Ministério da Saúde.

“O voo será feito pela mesma aeronave que partiria hoje [esta sexta] para Mumbai, na Índia, uma vez que a missão terá seu início reprogramado enquanto às questões diplomáticas entre os dois países são resolvidas e as doses da vacina Astrazeneca/Oxford possam ser trazidas ao Brasil”, disse o comunicado da companhia aérea.

A aeronave da companhia levará sua capacidade máxima para esse tipo de carga, segundo a nota. “Nossa intenção é ajudar o Brasil e os brasileiros e não mediremos esforços para oferecer apoio logístico no transporte de matérias para o combate à Covid-19. Estamos prontos para voar à Índia e também para transportar o que for necessário dentro do Brasil”, disse a empresa, no comunicado.

Voo adiado

Na sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que vai atrasar até três dias a saída do Brasil do avião destacado para buscar na Índia 2 milhões de doses adquiridas do laboratório indiano Serum. A decolagem de Recife rumo a Mumbai estava prevista para 23h.

A operação esbarrou na burocracia logística internacional entre os governos dos dois países. O presidente disse, em entrevista à TV Bandeirantes, que “pressões políticas” na Índia retardaram a partida do avião brasileiro.

Na quinta-feira, um porta-voz da Índia disse que “é muito cedo para dar uma resposta”, sobre a exportação para o Brasil e outros países.