A Polícia Federal deflagrou uma operação para reprimir crimes previdenciários nesta segunda-feira(24). Denominada de Múltiplas Faces, a operação cumpre três mandados de prisões temporárias e três de busca e apreensão realizadas em Teresina.
As investigações foram iniciadas a partir de duas prisões em flagrante realizadas em agências da Caixa Econômica nos anos de 2019 e 2020.
As prisões apontaram a existência de uma associação criminosa formada por três mulheres que, mediante falsificação de documentos, se passavam e, também aliciavam terceiras pessoas, para se passarem por segurados do INSS com o objetivo de realizarem transferências de benefícios previdenciários para possibilitar saques e empréstimos consignados nos benefícios dos verdadeiros segurados.
A polícia já identificou fraudes em pelo menos 17 benefícios causando um prejuízo de R$ 2,7 milhões. O valor do prejuízo evitado, levando-se em consideração a expectativa de vida média da população brasileira, é de aproximadamente R$ 8,5 milhões.
A ação conta com o apoio da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
A Polícia Federal cumpriu os seis mandados judiciais todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina. A operação contou com a participação 14 policiais federais.
As envolvidas poderão responder pelos crimes de estelionato qualificado (Art. 171, §3º), associação criminosa (Art. 288), falsidade ideológica (Art. 299), e uso de documento falso (Art. 304), todos do Código Penal Brasileiro, cujas penas máximas acumuladas podem chegar a 20 anos de prisão.
O nome da Operação, Múltiplas Faces, é uma referência ao fato de as investigadas assumirem diversas outras identidades para possibilitar a fraude aos cofres da União.
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