Juniel de Assis Paes Landim, suspeito de ter assassinado João Rodrigues Dias Neto, em São Raimundo Nonato na última terça (13), confessou à polícia que foi contratado para matar a vítima e que o mandante do crime exigiu que a vítima fosse assassinada na frente das filhas. João Rodrigues foi morto a tiros após buscar as duas filhas na escola. As meninas estavam em uma motocicleta com o pai quando a família foi abordada pelo atirador.
De acordo com o delegado Marcelo Leal, gerente de policiamento do interior, a prisão de Juniel corrobora a suspeita de que João Rodrigues foi morto por vingança, após ter se envolvido em um acidente com vítima fatal em julho deste ano. Familiares da vítima do acidente teriam contratado o pistoleiro para executar João em retaliação, para que as filhas “sentissem a mesma dor”.
“Conforme a investigação aponta, ele teria sido contratado por pessoas para executar o crime daquela maneira e naquele local. Essa teria sido uma exigência porque tem relação com o fato anterior, que teria sido um acidente em que a vítima teria, em tese, atropelado uma pessoa. Foi instaurado um procedimento policial e concluiu que a vítima não tinha culpa sobre a morte anterior. Essa exigência foi de quem contratou, para que as crianças sentissem a mesma dor que quem contratou também sentiu ao perder seu ente querido”, afirmou o delegado.
Após ser preso, nesta quinta-feira (15), Juniel revelou que o mandante prometeu que pagaria R$ 5 mil pelo assassinato. Contudo, recebeu o pagamento de R$ 1 mil pela execução e entregou a arma usada para cometer o homicídio aos mandantes. Segundo a polícia, a arma também já foi localizada.
Para o delegado-geral Luccy Keiko, a forma como João Rodrigues foi executado colocou em risco também a vida das filhas da vítima. “Poucas vezes eu vi uma cena tão revoltante. Fizemos a nossa parte e conseguimos prender esse indivíduo em flagrante e recuperar a arma de fogo utilizada no crime. Com a prisão, foi constatado o que já havia sido pensado, que havia sido por causa de um acidente de trânsito. O crime está totalmente esclarecido. Realmente, não vamos trazê-lo de volta, mas a justiça está sendo feita”, conclui.
A Polícia Civil representou ainda pela prisão dos mandantes do crime. No entanto, até o momento, as identidades dos envolvidos não foram divulgadas.
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