Para o alívio de muitos brasileiros, a conta de energia elétrica ficará mais barata a partir deste mês. Com a chegada da bandeira tarifária amarela nesta sexta-feira (1º), a cobrança extra passa a ser de R$ 1,885 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A medida veio após o aumento no volume de chuvas, que melhorou as condições de geração de energia no país, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Em outubro, a tarifa de energia estava no nível mais caro, com a bandeira vermelha patamar 2, cobrando R$ 7,877 por 100 kWh. Desde agosto de 2021, essa tarifa elevada não era acionada. Agora, com a mudança para a bandeira amarela, os consumidores sentirão uma redução expressiva nos valores.
A Aneel explicou que o retorno à bandeira amarela foi possível devido à leve melhora nas condições de geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), composto por hidrelétricas e outras fontes de energia. Apesar disso, a previsão para o volume de chuvas nas áreas de hidrelétricas ainda está abaixo da média, o que mantém a necessidade de uso de usinas termelétricas para garantir o fornecimento. Essa geração, no entanto, é mais cara e menos sustentável.
Jailson Soares/O Dia
Bandeira amarela entrou em vigor na sexta-feira (1º)
O que são as bandeiras tarifárias?
As bandeiras tarifárias, implementadas em 2015, servem para indicar ao consumidor o custo de geração de energia. O sistema é dividido em quatro níveis: verde (sem acréscimo), amarela (R$ 1,885 por 100 kWh), vermelha patamar 1 (R$ 4,463 por 100 kWh) e vermelha patamar 2 (R$ 7,877 por 100 kWh). Entre setembro de 2021 e abril de 2022, uma bandeira especial de escassez hídrica esteve em vigor, adicionando R$ 14,20 por 100 kWh.
O SIN cobre praticamente todo o território nacional, com exceção de algumas áreas isoladas, onde a geração é feita principalmente por termelétricas a óleo diesel. Essas regiões, no entanto, representam menos de 1% do consumo total do país.
A Aneel reforça que, mesmo com a bandeira amarela, o uso consciente da energia elétrica é essencial para evitar desperdícios e manter a sustentabilidade do sistema elétrico. “A orientação é para utilizar a energia de forma consciente”, recomenda a agência.
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