Piauí se consolida como referência na transição energética e no desenvolvimento sustentável

O Piauí vem se posicionando como um vetor importante para a transição energética no país, com foco nas produções de hidrogênio verde e energias renováveis. A Investe Piauí, por meio da Vice-Presidência de Energias Renováveis, trabalha com o compromisso para a atração de investimentos e empresas que gerem desenvolvimento econômico sustentável no estado. Tal avanço envolve não apenas a produção, mas também uma ampla cadeia de valor associada, que está sendo planejada e inovadora para impactar positivamente o estado nos próximos anos.

Ao longo deste ano, a vice-presidência consolidou trabalhos que desenvolvem nesse processo. Um exemplo é que foram catalogadas 581 empresas, nacionais ou internacionais, que podem fortalecer a cadeia do hidrogênio verde (H2V) e da amônia no estado. Desse total, 67 já foram contatados e demonstraram interesse em atuar no Piauí. E das 67, a Investe Piauí já assinou memorandos de entendimento (MoUs) com 50, consolidando um acordo em prol da cadeia produtiva do setor.

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Também em 2024, 26 novas parcerias foram firmadas com a vice-presidência, cinco planos de trabalho foram entregues e duas empresas estão com CNPJ firmados no Piauí, as europeias Solatio e Energy Green Park, para a instalação de usinas de produção de H2V. Sem contar com 17 empresas em prospecção de negócios e 53 em perspectivas de projetos a serem desenvolvidas no estado. “Por meio desses memorandos, mostramos interesse por eles e os trazemos para aprenderem mais sobre o Piauí. Isso para que, no prazo médio, possa se instalar no estado”, destaca Ricardo Castelo, vice-presidente de Energias Renováveis ​​da Investe Piauí.

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Mais um ponto destacado pelo vice-presidente é o reforço da relação da Investe Piauí com o programa H2Talent, entidade portuguesa associada às universidades de ponta em Portugal que atua no planejamento para a cadeia de energias renováveis ​​em vários países, também denota a prioridade do governo na área de energia verde no Piauí.

A associação da vice-presidência junto ao Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energias (Cerne) estabelece uma parceria para o desenvolvimento de projetos como a formatação do Atlas do Hidrogênio Verde e das Energias Renováveis ​​do Piauí, que deve ser concretizada em 2025. Outra parceria com o Cerne é uma prestação de consultoria para os municípios com propostas de como os prefeitos podem implantar e executar, na administração, soluções que priorizem o desenvolvimento sustentável.

Ainda em relação às conquistas deste ano, o Piauí se destaca como o único estado a se tornar membro da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde. Assim, o estado ganha ainda mais visibilidade no contexto nacional.

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Parceria acadêmica

Para além da atração de representantes da indústria e empresas, de acordo com a vice-presidência, outra conquista é a aproximação e parcerias com o setor acadêmico. O memorando de entendimento firmado com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), via Núcleo de Formação e Pesquisa em Energias do Piauí (NUFPERPI), demonstra o interesse mútuo com o ensino voltado às cargas potenciais que surgirão no mercado de trabalho com a implantação de usinas de H2V no estado. 

Para Ricardo Castelo, por meio da relação desse triângulo (governo, indústria e academia), as ações acabam acontecendo em consonância, com resultados convergindo de forma mais célere e eficiente.

Empregabilidade

De acordo com o vice-presidente, estudos indicam que a previsão de vagas de empregos a serem geradas no Piauí, com a instalação das usinas nos próximos 10 anos, chega a 20 mil. São demandas de toda uma rede, dentre indústrias, prestadoras de serviços, comércio, setor hoteleiro e turístico, dentre outros. Ricardo Castelo destaca que o planejamento, que já está sendo realizado, vai garantir que os profissionais piauienses estejam preparados para as oportunidades.

“O governo, por meio da Investe Piauí e de outras secretarias, está trazendo investimentos e empresas para se instalarem no estado. Com a ideia de nova industrialização e transição energética, também está preocupado com a formação de quem vai ocupar essas vagas. Queremos que elas sejam absorvidas pelos piauienses. Para tanto, estamos identificando, junto à academia e entidades, projetos para treinar pessoas e oportunizar mão de obra para empresas que vêm aí. Estamos apresentando e difundindo a grandiosidade desses projetos e a prospecção quanto a serviços e marketing para o mercado regional nos próximos anos. Precisamos de um plano A e B, caso contrário, vamos perder muitas oportunidades”, pondera o vice-presidente.

Ricardo Castelo lembra que a função governamental também está de planeada. “A busca pelas pesquisas relacionadas, com as melhores remunerações, ocorrerá a partir de 2026 e o ​​estado não pode deixar para se preocupar apenas em 2028, quando já tiver a produção. As pessoas precisam se profissionalizar desde já e a nossa função enquanto o Estado é identificar essas oportunidades e trabalhar para que as qualificações sejam oferecidas para ontem, porque aí teremos os melhores empregos assegurados aos piauienses, não será preciso buscar mão de obra fora”.

Energias eólicas e solares

O Piauí é um dos estados que mais se destaca na produção de energias eólica e solar. Marcos importantes que, para Ricardo Castelo, fortalecem a ideia do estado de grande vocação para receber empreendimentos de H2V. Outro diferencial que tem grande potencialidade no estado é a implantação de usinas de energia eólica “offshore”. Existem, hoje, no âmbito da vice-presidência, seis projetos de empreendimentos no litoral do estado e um sétimo que está se consolidando também, com as reivindicações para a exploração de áreas dentro do mar, aonde vão se instalar as usinas eólicas “offshore” .

“O H2V é produzido a partir de dois materiais-primas importantes, uma é energia renovável e outra é a água, que através da eletrólise produz eficiência e daí em diante, amônia. Os dois existem em abundância no estado. Temos bacias hidrográficas muito importantes que propiciam a produção de hidrogênio. A área de energia solar e eólica vem crescendo de forma intensa. Então, o Piauí é muito bem servido para atuar de maneira diferenciada. A nossa área está à frente desse processo, possibilitando que tudo seja difundido, que haja esclarecimento. Estamos participando também na aproximação com a academia e a indústria, apresentando as oportunidades do Piauí, por meio de todas essas entidades. Isso hoje é uma realidade no mundo, que já chega ao Brasil e vai continuar se apresentando no Piauí”, conclui.