Prefeito e primeira-dama são soltos e afirmam que são vítimas de perseguição

O prefeito Walter Ribeiro Alencar, do município de Agricolândia, e a primeira-dama Kelly Alencar (PTB) candidata à prefeitura de Lagoinha do Piauí, foram soltos ainda nesta quinta-feira (08/10) após a deflagração da operação Ibi Clausus, do Ministério Público do Piauí, que apura possíveis ilícitos praticados por organização criminosa com atuação em vários municípios piauienses.

Sobre o caso
O Ministério Público do Estado do Piauí, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com o apoio da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), realizou nesta quinta-feira (08/10) a operação Ibi Clausus.

O prefeito Walter Ribeiro Alencar, do município de Agricolândia, foi preso em flagrante durante os mandados de busca e apreensão sob a suspeita de crime eleitoral. Com o gestor foram encontrados suposta lista com o nome de eleitores, além de valores, como R$ 87 mil em dinheiro e R$ 40 mil em cheques. O Ministério Público suspeita que o prefeito iria usar as cifras para a compra de votos. 

A primeira-dama Kelly Alencar (PTB) também foi presa em flagrante sob a mesma suspeita. Ela é candidata à prefeitura de Lagoinha do Piauí, cidade vizinha a Agricolândia. Os dois já foram soltos.

Listas foram encontradas na casa e nelas há o nome de moradores da cidade e em seguida supostos favorecimentos, que incluem utensílios de cozinha, materiais de construção e até ajuda para consertar moto, confira:

A operação é resultado de um procedimento de investigação criminal que tramita no GAECO/MPPI, a fim de apurar possíveis ilícitos praticados por organização criminosa com atuação em vários municípios piauienses. São 19 alvos nos municípios Passagem Franca, Teresina, Agricolândia, Barro Duro, São Pedro do Piauí, Demerval Lobão e Lagoinha do Piauí.

O objetivo foi cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pelo Des. Joaquim Dias Santana Filho, uma vez que um dos investigados tem foro por prerrogativa de função no Tribunal de Justiça Piauiense.

A investigação, conduzida pelo GAECO, apura desvio de recursos públicos, organização criminosa, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e fraude à licitação, envolvendo contratos de empresas com o município de Passagem Franca, no período compreendido entre os anos de 2013 a 2020.