A expectativa de vida do piauiense aumentou dois décimos em 2019 e passou de 71,4 para 71,6 anos. Apesar de ser a segunda menor do país, a chance de sobrevivência dos piauienses entre os 60 e 80 anos dobrou no Estado. O aumento foi de 123%.
A informação é da Tábua Completa de Mortalidade 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira(26).
A população piauiense que tinha 60 anos de idade em 2019 deve viver por mais 20 anos, em média, de acordo com as projeções do IBGE. É a segunda menor perspectiva do país, melhor apenas do que em Rondônia, mas dobrou em relação a esperança de vida dos piauienses que tinham 60 anos em 1980.
De acordo com o IBGE, a taxa de sobrevivência em idades avançadas teve crescimento nas últimas décadas no estado. Em 1980, apenas 231 em cada mil piauienses com 60 anos de idade chegariam a completar 80 anos de vida. Em 2019, a perspectiva é de que 514 em cada mil pessoas com 60 anos de idade devem chegar aos 80 anos de existência. O aumento foi de 123%.
“O indicador reflete a diminuição da taxa de mortalidade entre a população idosa, o que fez com que a probabilidade de sobrevivência entre os 60 e os 80 anos de idade aumentasse em todo o país. O Piauí teve o quarto maior crescimento nesse índice, atrás apenas do Maranhão (131%), de Roraima (141%) e de Rondônia (211%)”, explica o IBGE.
No Brasil, cerca de 604 a cada mil pessoas que tinham 60 anos de idade em 2019 devem chegar aos 80 anos de vida.
Entre os homens do Piauí que tinham 60 anos de idade em 2019, a perspectiva é menor: 17,9 anos, a expectativa de vida mais baixa do país entre os idosos do sexo masculino. Já as mulheres piauienses, o esperado é que vivam por mais 21,8 anos. Apesar de estarem em situação melhor do que os homens do estado, as mulheres do Piauí que tinham 60 anos de idade em 2019 têm a terceira menor expectativa de vida, acima apenas de Rondônia (21,2 anos) e de Roraima (21,1 anos).
Esperança de vida
Em relação à média de expectativa de vida geral da população, o aumento para 71,6 anos continua o segundo mais baixo do país, perdendo somente para o Maranhão (71,4 anos). A média do Brasil é de 76,6 anos, o que representa cinco anos a mais do que no Piauí. O estado com maior esperança de vida ao nascer é Santa Catarina, com média de 79,9 anos.
Os homens piauienses têm expectativa menor que das mulheres: 67,3 anos em média. Já a do sexo feminino são de 76 anos, ou seja, 8,7 anos a mais de vida do que os homens do estado.
De acordo com o IBGE isso acontece por causa dos altos níveis de mortalidade de jovens do sexo masculino por causas violentas.
No Brasil, a expectativa de vida de ao nascer para o sexo masculino é de 73,1 anos, e do feminino é 80,1 anos, o que significa 4,1 anos a mais do que as nascidas no Piauí.
A Tábua Completa de Mortalidade do IBGE é um dos parâmetros usados para determinar o fator previdenciário, influindo no cálculo dos valores das aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.
Os indicadores revelados pelo estudo estão diretamente associados com as condições sanitárias, de saúde e de segurança da população. Assim, os dados auxiliam também a avaliar e introduzir os ajustes necessários nas políticas sociais do país.
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