Apenas alguns minutos após a confirmação do resultado das eleições deste domingo (30), líderes mundiais parabenizaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória no pleito.
A primeira reação foi do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que ainda antes do anúncio do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) escreveu “Viva Lula” em sua conta no Twitter. Petro era, até este domingo, o último líder de esquerda a ser eleito na América Latina e, nos últimos dias, declarou abertamente seu apoio ao petista.
Viva Lula.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) October 30, 2022
O presidente do Chile, Gabriel Boric, e a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, também se manifestaram. Na Europa, as primeiras declarações vieram do premiê de Portugal, António Costa, e do presidente da França, Emmanuel Macron.”Envio meus parabéns ao Lula por sua eleição para ser o próximo presidente do Brasil após eleições livres, justas e críveis. Estou ansioso para trabalhar juntos para continuar a cooperação entre nossos dois países nos próximos meses e anos”, declarou Joe Biden, presidente dos EUA.
“Parabéns, querido Lula, por sua eleição que abre uma nova página na história do Brasil. Juntos, uniremos forças para enfrentar os muitos desafios comuns e renovar o vínculo de amizade entre nossos dois países”, sinalizou Emmanuel Macron, presidente da França.
Toutes mes félicitations, cher @LulaOficial, pour ton élection qui ouvre une nouvelle page de l’histoire du Brésil. Ensemble, nous allons unir nos forces pour relever les nombreux défis communs et renouer le lien d’amitié entre nos deux pays.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) October 30, 2022
“Viva Lula”, celebrou Gustavo Petro, presidente da Colômbia.
“Lula. Alegria!”, foi na mesma linha Gabriel Boric, presidente do Chile.
“Já tive a oportunidade de felicitar calorosamente o Lula pela sua eleição como Presidente da República do Brasil. Encaro com grande entusiasmo o nosso trabalho conjunto nos próximos anos, em prol de Portugal e do Brasil, mas também em torno das grandes causas globais”, declarou António Costa, primeiro-ministro de Portugal.
“Parabéns, Lula, pela vitória nestas eleições em que o Brasil decidiu apostar no progresso e na esperança. Vamos trabalhar juntos pela justiça social, igualdade e contra as mudanças climáticas. Seus sucessos serão os do povo brasileiro”, sinalizou Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha.
Enhorabuena, @LulaOficial, por tu victoria en estas elecciones en las que Brasil ha decidido apostar por el progreso y la esperanza.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) October 30, 2022
Trabajemos juntos por la justicia social, la igualdad y contra el cambio climático.
Tus éxitos serán los del pueblo brasileño.
¡Parabéns, Lula! https://t.co/SWp3mmhGnX
“Parabéns, Lula! Sua vitória abre um novo tempo para a história da América Latina. Um tempo de esperança e futuro que começa hoje. Aqui você tem um parceiro para trabalhar e sonhar alto com a boa vida de nossos povos”, declarou Alberto Fernández, presidente da Argentina.
“Hoje mais do que nunca, amor e muita felicidade. Obrigado povo do Brasil. Obrigado, camarada Lula, por devolver alegria e esperança à nossa América do Sul”, celebrou Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina.
Hoy más que nunca, amor y mucha felicidad. Gracias pueblo del Brasil. Gracias compañero Lula por devolverle la alegría y la esperanza a nuestra América del Sur. pic.twitter.com/tEG9uYlJsk
— Cristina Kirchner (@CFKArgentina) October 30, 2022
“Comemoramos a vitória do povo brasileiro, que elegeu Lula como seu novo presidente. Viva os povos determinados a serem livres, soberanos e independentes! Hoje no Brasil a democracia triunfou”, afirmou Nicolás Maduro, ditador da Venezuela.
“Cidadãos brasileiros foram às urnas para eleger seu novo presidente em uma eleição pacífica e bem organizada. Parabéns pela sua eleição, Lula! Estou ansioso para trabalhar juntos e promover as relações UE-Brasil com seu governo e com as novas autoridades do Congresso e do Estado”, declarou Josep Borrell, Chefe da diplomacia da União Europeia.
“Temos certeza de que Lula voltará a trabalhar para os mais pobres e restaurará a dignidade e a soberania de seu país nas relações exteriores. A Grande Pátria te abraça, irmão!”, parabenizou Evo Moralez, ex-presidente da Bolívia.
Biden e europeus correm para reconhecer vitória de Lula
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, parabenizou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, pela vitória nas eleições deste domingo, pondo fim a especulações sobre quando viria o reconhecimento da vitória por parte do governo americano.
Pouco mais de meia hora após o anúncio pelo Tribunal Superior Eleitoral, a Casa Branca enviou uma nota curta em que afirma que as eleições brasileiras foram justas -ao contrário de alegações feitas antes do pleito pelo atual presidente, Jair Bolsonaro.
“Envio meus parabéns a Luiz Inácio Lula da Silva por sua eleição como o próximo presidente do Brasil após eleições livres, justas e críveis. Estou ansioso para trabalharmos juntos para continuar a cooperação entre nossos países nos próximos meses e anos”, diz a nota enviada pelo presidente americano.
Ainda pela noite, Antony Blinken, chefe da diplomacia americana, também parabenizou Lula. “Parabéns ao povo brasileiro por exercer seu direito de voto e reafirmar a força de sua democracia. Esperamos dar continuidade à nossa forte parceria com o presidente eleito, Lula, enquanto construímos um hemisfério mais democrático, próspero e equitativo”, afirmou.
Até aqui, a Casa Branca não havia informado se reconheceria o vencedor das urnas automaticamente, como pediam parlamentares democratas, que temiam que uma demora em reconhecer a derrota de Bolsonaro pudesse abrir caminho para que o atual presidente contestasse o resultado das urnas. O pedido foi feito novamente em carta ao presidente na última sexta por senadores e deputados de esquerda.
No mesmo dia, questionado, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, não respondeu se o governo faria um reconhecimento imediato, mas voltou a afirmar que confiava no processo eleitoral brasileiro.
Motiva o reconhecimento rápido por parte da Casa Branca um receio de tumulto no Brasil similar ao de 6 de janeiro de 2021 em Washington, quando uma multidão insuflada pelo ex-presidente Donald Trump invadiu a sede do Congresso para impedir a confirmação da vitória de Biden na eleição.
A manifestação rápida serve para mostrar a Bolsonaro que não haveria apoio internacional em caso de contestação do resultado, como deixou clara a diplomacia americana em uma série de recados ao longo dos últimos meses, via embaixada no Brasil ou comentários da Casa Branca, que reforçavam a confiança no sistema eleitoral.
O reconhecimento imediato também contrasta com a demora de Bolsonaro em parabenizar Biden por sua eleição contra Donald Trump -de quem o brasileiro é próximo- em 2020. Na ocasião, depois de levantar suspeitas sem provas de que a eleição americana teria sido fraudada, Bolsonaro só parabenizou Biden 38 dias depois da projeção de vitória do democrata, uma das últimas lideranças mundiais a fazer isso, depois inclusive de aliados de Trump, como o israelense Binyamin Netanyahu, o britânico Boris Jonhson, e até do líder chinês, Xi Jinping.
A rapidez no reconhecimento da vitória de Lula também foi adotada por líderes europeus. Poucos minutos após o anúncio do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, o presidente da França, Emmanuel Macron, parabenizou o petista e disse que juntos os dois unirão “forças para enfrentar os muitos desafios comuns e renovar o vínculo de amizade entre nossos dois países”.
Sob Bolsonaro, Brasília se distanciou de Paris após um série de discussões entre os presidentes brasileiro e francês. Em uma das ocasiões, ainda em 2019, Bolsonaro ofendeu a mulher de Macron, Brigitte, e fez piadas sobre sua aparência. A relação enfraquecida entre os dois líderes se dá, principalmente, pelas pressões da França em torno das políticas ambientais do governo brasileiro.
O premiê e o presidente de Portugal, António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, respectivamente, também precisaram de apenas alguns minutos para parabenizar a vitória de Lula. Rebelo de Souza, aliás, entrou em conflito com Bolsonaro eem julho, após o brasileiro desmarcar um almoço com o português. A justificativa estaria em um encontro de Rebelo de Souza com Lula dias antes.
Fonte: Folhapress (Thiago Amâncio e Pedro Lovisi)
Foto: Reprodução/Mario De Fina /Fotoarena/Folhapress/Pedro Ladeira/Folhapress
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