A Deputada Federal Rejane Dias (PT-PI) criticou duramente a base governista na Câmara Federal após a rejeição dos deputados em dar prioridade para a votação de um projeto de lei que aumenta o rigor contra o crime de pedofilia no Brasil. Na última quarta (19), a bancada do PT propôs uma inversão na pauta para priorizar o Projeto de Lei (PL) 1776/15, que tipifica a pedofilia como um crime hediondo. O projeto tramita na Câmara desde 2015 e desde maio tem constado na pauta do plenário, porém ainda não foi apreciado.
A oposição pediu a inversão da pauta para priorizar a votação do projeto. Porém, o pedido foi recusado por 224 deputados. Apenas 135 foram favoráveis a priorizar a votação do projeto. A maioria dos deputados seguiu a orientação do governo e votou contra o requerimento. Do Piauí quatro deputados votaram contra a priorização do projeto.
Rejane lamentou a rejeição do pedido. “Achei um absurdo, a gente ia poder dar um pontapé importante para que a pedofilia no Brasil seja realmente considerada crime. Inclusive eu tenho um projeto para que o crime e a pena esteja no código penal, até o momento não tem. Meu projeto foi anexado a esse projeto rejeitado pela base governista”, disse a deputada.
A deputada federal defendeu uma punição ainda mais severa para crimes da mesma categoria no Brasil. “Não dá para entender por que a base foi contra, vamos insistir, não podemos deixar as nossas crianças e adolescentes viverem em um ambiente de muita vulnerabilidade e abuso sexual. A sociedade cobra que o congresso nacional seja mais incisivo contra a pedofilia. Quem comete esses crimes contra as nossas crianças deve ser punido de forma severa”, finalizou Rejane Dias.
Margarete explicou motivo do voto contra
Pelas redes sociais a deputada federal Margarete Coelho (Progressistas-PI) justificou o motivo de ter votado contra a inversão da pauta. “Sou a favor da inclusão da pedofilia como crime hediondo! Sou a favor que o projeto seja votado com a maior brevidade possível! A inversão na ordem de votação do projeto na Sessão Deliberativa Extraordinária do dia 19/10 era inviável porque o relator não se encontrava no plenário e havia pedido prazo para apresentar a redação final do texto, contemplando vários outros projetos apensados”, afirmou a deputada.
FOTO: Jailson Soares/ ODIA
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