Quão corajoso(a) você é?

 

 

Me responde uma coisa: você consegue elencar qual é o seu top 5 de medos?
Hoje, eu quero falar com você sobre coragem.
Outro dia chegou o parque, aqui, na minha cidade, e eu me peguei pensando no desperdício de dinheiro que seria, no caso, para mim, se eu comprasse o ingresso para ir a esse parque.

Oh! Eu tenho medo de velocidade, o frio na barriga minha aterroriza, eu não gosto de adrenalina, eu nunca pularia de paraquedas ou andaria numa montanha-russa, carros a mais de 80 km por hora dirigidos por outras pessoas me desesperam. Eu só ando de avião dopada por Dramin. Eu sou uma medrosa. Pagar para entrar num parque desse seria como rasgar cédulas do meu suado dinheirinho.

Ai, eu já me martirizei tanto por isso! ! Ainda mais quando eu vi uma conhecida postando fotos com uma amiga, com a legenda “Minha amiga corajosa”, porque ela é que é a amiga que a acompanha nessas aventuras de escalar paredes, de descer em tirolesas, entre outras tantas,que eu jamais arriscaria e muito menos pagaria para ir. Só que, olha só: justo na hora em que eu estava me martirizando por isso, passou por baixo da porta o boleto da minha energia elétrica. E foi aí que eu vi o quanto eu sou corajosa.

Sim, porque eu pago as minhas contas, enquanto tem muita gente que não tem coragem de assumir o risco, que é sair da casa dos pais para ir morar sozinho. Coragem não tem a ver só com descer tobogãs, de sei lá quantos metros de altura ou voar de parapente. Há situações que requerem coragem, que vão além disso.
Dá frio na barriga comprar o primeiro carro? Bom, já tô no terceiro. Eu já fui muito corajosa quando eu pedi demissão de um emprego da noite para o dia e arrisquei ir para um emprego novo, mesmo sem saber o que era que me esperava dali. Eu tive coragem quando eu abdiquei de morar numa casa própria e aluguei uma mais próxima do meu local de trabalho. Eu fui bem mais corajosa que quem escalou montanhas, quando eu pus fim em situações que não me faziam bem, quando eu rompi com uma amizade que não era recíproca, quando eu terminei um namoro de anos, mesmo ainda estando apaixonada, por saber reconhecer que a partir dali nenhum passo mais sério seria dado.

Eu me percebo corajosa. Quando eu saio sozinha pra negociar a venda do meu carro usado, e me imponho ou falo qual é o preço que eu quero e digo “não, por esse tanto eu não vou vender”. Ou quando… sei lá… mesmo com medo de avião, eu viajo sozinha.

Eu tenho coragem de dizer o que eu penso, de assumir minhas responsabilidades, os meus erros. Eu tenho coragem de dizer a verdade, de ser eu mesma, de assumir os riscos, de olhar no espelho uma versão que não está me agradando, que precisa de alguma mudança e eu vou lá, atrás dessa mudança. Eu tenho coragem de quebrar ciclos, de não compactuar, sei lá, com coisas que vão contra os meus princípios, só para agradar quem quer que seja.

É… pensando bem… no fim, eu sou muito é corajosa. Porque coragem, nem sempre, é antônimo de medo. Às vezes, é sinônimo de atitude, de autenticidade, de dinamismo, de determinação. É isso! Não se sinta menos corajoso ou corajosa, que ninguém.

Tente olhar para dentro de si! Isso já requer uma coragem absurda.